26/10/2011

Mente e corpo na improvisação


Não há como separar mente e corpo, ambos revezam as tarefas de iniciativo e acabativo. O iniciativo é o sujeito que tem ou de onde originou a idéia ou estímulo, e o acabativo é o sujeito que concretiza executa e traduz a idéia ou estímulo recebido.
 E é desse modo que penso que mente e corpo trabalham, pois às vezes a mente tem a idéia, mas não as condições ou a capacidade de colocá-las em prática, para tais fins é acionado então. Mas não é sempre que esse mecanismo acontece nessa ordem, às vezes o corpo produz um estimulo que só a mente tem a capacidade de contextualizá-la, um exemplo disso é o que eu acontece com sensações e sentimentos que nosso corpo produz, que só são identificadas e recebem significados se a mente processar e identificar tudo. Pois as lembranças que ficam são os estímulos que a mente teve a capacidade de associar e gerar conceitos. Estando relacionado diretamente com o método trabalhado na Cia Ormeo, onde cada bailarino apresenta seu modo criativo e improvisacional de fazer dança.
Ao pensar no modo de improvisar sabemos que tudo que pesquisamos na dança  tem a necessidade de se explicar cientificamente,ou seja, toda causa corresponde a um efeito,e que tudo que se encontra além da relação causa e efeito,pertence ao imaginário.Por esse motivo as vezes para um publico leigo os espetáculos de improvisação não seduzem como os espetáculos codificados pois um espetáculo improvisado o publico não tem acesso as causas e os efeitos que resultaram no mesmo. Mas para um improvisador  relação causa e efeito é super valiosa, pois acredito que tudo o que aprendemos, fica realmente armazenado na mente através da memória gerando contextualização, fundamento e por fim transformou-se em conceito.
Porém a capacidade de usar tais conceitos de forma inteligente, eficiente e criativa é o grande trabalho do improvisador.

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